O termo governança corporativa ganhou espaço no mundo empresarial há alguns anos. Já a governança condominial é uma expressão relativamente nova e pode ser interpretada como o conjunto de fatores que fazem com que tudo funcione perfeitamente dentro de um condomínio. Neste contexto, sabemos que o desempenho da figura do síndico é fundamental.
O mercado tem sido cada vez mais exigente quanto ao perfil deste profissional já que ele deve reunir várias habilidades e competências. Além, claro, de ser capaz de dar conta de administrar o patrimônio de terceiros.
A governança condominial atesta a qualidade da gestão
No mundo empresarial, a governança corporativa é o sistema utilizado pela organização para dirigir e monitorar suas atividades, garantindo o melhor relacionamento possível com todos seus públicos de interesse (stakeholders, em inglês). Sejam eles os sócios, o conselho de administração, os diretores, os órgãos de fiscalização, seus consumidores e funcionários, a comunidade, etc. A governança, então, preza pela qualidade da gestão da empresa, sua sustentabilidade e o bem comum.
Isso vale, da mesma forma, para os condomínios.
Governança condominial é, portanto, o conjunto de boas práticas que visam aumentar a confiança dos proprietários dos imóveis, moradores, funcionários do condomínio, administradora, fornecedores, prestadores de serviço e assim por diante.
Veja agora nossas 5 dicas de governança condominial:
1. Atualização constante
O síndico deve estar sempre atento às mudanças nas legislações e às tendências de gestão.
Precisa buscar conhecimentos de administração constantemente para estar apto a gerenciar e administrar questões de diversas áreas, como as financeiras e técnicas. Se você é síndico, não imagine que vai dar conta do recado atuando sozinho. Para administrar um condomínio com sucesso, se cerque de bons parceiros que possam lhe aconselhar sempre que necessário. Os conselhos fiscal e consultivo, um escritório de contabilidade, a administradora e colegas também síndicos são um excelente suporte para saber agir de acordo com os interesses da comunidade condominial.
2. Transparência e padronização
Persiga a maior qualidade possível nas decisões e práticas condominiais, sempre agindo com transparência no que se refere às informações prestadas, dados e processos. O tratamento oferecido aos condôminos deve ser padronizado. E as determinações da convenção do condomínio, do regimento interno, das assembleias gerais e dos conselhos, respeitadas.
3. Excelência nos controles internos
Os controles internos também são um pilar de sustentação da governança condominial.
O ideal é adotar procedimentos que objetivem proporcionar total eficiência por parte dos recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis. Para controlar com excelência, é fundamental se organizar de forma eficaz. Ou seja, planos de contas, relatórios, orçamentos, projetos, registros, inventários, manutenções e treinamentos devem estar sempre em dia. Faz parte dos controles internos, ainda, a veracidade das informações contábeis e o controle das finanças. Uma recomendação neste aspecto é contratar uma auditoria preventiva para analisar as movimentações financeiras. É uma maneira de descartar qualquer iniciativa fraudulenta, ilegal ou que lese o condomínio, infelizmente comum em alguns condomínios.
4. Fortalecendo o que vai bem e corrigindo o que não vai tão bem
Uma prática bem-vinda e cada vez mais utilizada também em condomínios que tem um sistema de gestão diferenciado é a utilização de pesquisas para entender o nível de satisfação de toda a comunidade envolvida.
De uma forma prática e fiel, é possível descobrir os pontos fortes da gestão e, principalmente, os pontos de melhoria.
Saber corrigir a rota é uma habilidade bastante bem vista quando se trata de um síndico.
5. Redução de custos
Como ocorre nas empresas, a redução de custos também é uma meta permanente nos condomínios, não é mesmo?
Na medida em que se melhora o nível de governança condominial, os gastos com pagamentos de multas e outras penalidades são reduzidos. E uma vez cumpridas as normas legais, trabalhistas e tributárias, evita-se as contingências futuras, inclusive gastos inesperados e emergenciais, que são o calcanhar de aquiles para todos os tipos de previsões orçamentárias. Isso sem falar na economia consequente de processos mais robustos para redução das despesas do dia a dia e de sistemas mais eficazes para que se escolham os melhores investimentos das finanças do condomínio.
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