Os bondinhos do VLT já foram incorporados à paisagem da Praça Quinze, no Centro. As duas composições paradas ao lado da estação das barcas chamam a atenção de quem passa pelo local, mas ainda não transportam passageiros. Elas vão integrar o segundo trecho do novo modal, que está recebendo os retoques finais para entrar em operação ainda este mês, segundo Secretaria municipal de Transportes.
Esse novo trecho será inaugurado parcialmente. Inicialmente os bondes vão circular somente da Praça da República, na altura da Saara, à Praça Quinze. A extensão total, que soma sete quilômetros e parte da Central do Brasil, tem previsão de entrega até o início de 2017.
O percurso que será aberto na frente já foi sinalizado, tendo recebido inclusive os painéis alertando para o risco de atravessar os trilhos falando ao celular. Nas paradas, falta apenas a instalação dos acabamentos em vidro, como o teto e painéis laterais. Faixas avisam que o VLT está em circulação, mas quem transita pelo local diz que ele só é visto em movimento à noite, nos testes sem passageiros, iniciados em agosto.
Quem penou com a queda nas vendas durante as obras torce agora para que o fluxo de passageiros ajude a incrementar o movimento no comércio local. Essa é a expectativa de Eliete Lopes, de 56 anos, vendedora numa loja de roupas íntimas na Rua da Constituição.
— Já tem gente que entra na loja perguntando onde pegar o VLT. Eu digo que, por enquanto, em lugar nenhum, mas que em breve será nas praças da República e Tiradentes. Acho que o movimento vai melhorar. Pelo menos no início vai ser estimulado pela curiosidade das pessoas com o novo transporte — aposta a vendedora.
Moradora em Maricá, a aposentada Elenice Rodrigues, de 53 anos, vai ao Centro do Rio várias vezes na semana para comprar material de costura. Ela desce na Central e completa o trajeto a pé.
— Se já tivesse o VLT, não teria enfrentado essa chuva. Vai ser muito útil — diz.
(Extra)
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