Um toque de natureza no condomínio

Um toque de natureza no condomínio

Você já pensou em ter um pequeno bosque com árvores frutíferas e plantas nativas na varanda de seu apartamento em plena cidade de São Paulo? Ou, caminhar pelo condomínio como se fosse uma praça do interior com árvores, bancos, flores e, até, canteiros com temperos, ao som de passarinhos, mas dentro da capital de São Paulo?

Essa é a proposta de alguns empreendimentos que despontam na cidade, e que tentam resgatar o verde na capital e proporcionar mais qualidade de vida aos futuros moradores.

Um lançamento da Gamaro, na Vila Olímpia, vai trazer verdadeiras “pocket forests” (florestas de bolso) nos terraços de todos os apartamentos do empreendimento. Cada andar do Seed receberá um tipo de planta (árvore frutífera, flores ou plantas da Serra do Mar).

“Ao adquirir o imóvel, o comprador saberá que a vegetação é uma extensão do empreendimento e que jamais poderá removê-la”, conta Vinicius Amato, diretor de incorporação da Gamaro.

A incorporadora cuidará, gratuitamente, da manutenção do terraço durante cinco anos, até a vegetação estar madura. O edifício terá 20 andares com quatro apartamentos por andar, com metragens de 81 m² e 84 m². O preço do metro quadrado vai de R$ 13,5 mil a R$ 14 mil.

O condomínio também será repleto de Mata Atlântica. “Nós queremos resgatar a flora e a fauna da cidade. Ao restaurar a vegetação nativa, consequentemente estaremos trazendo de volta espécies de pássaros e de outros animais que estão se afastando cada vez mais da cidade em consequência do desmatamento”, afirma Amato.

Brasilidade. Ele diz que o empreendimento vai ter árvores e plantas nativas como cerejinha brasileira, cambuci, uvária, jabuticabeira e palmeiras de açaí e de palmito. “Pesquisas apontam que cerca de 90% das frutas que nós comemos no Brasil são exóticas e não nativas. Nós queremos resgatar a nossa cultura e apresentar, para as crianças, frutas e vegetação que fizeram parte da nossa infância.”

Em Osasco, a empresa lançou o Piscine, que será entregue no ano que com a área comum do condomínio repleta de exemplares de Mata Atlântica, segundo Amato.

O conjunto é composto por três torres que abrigam mil unidades de um, dois e três dormitórios e metragens de 40 m², 61 m² e 78 m². Cerca de 15% do terreno de 13.199 m² do empreendimento será reservado para o plantio de árvores e plantas.

Na mesma linha, a empresa vai lançar em 2017, no Brás, na região central de São Paulo, o Piscine Station. Ele terá três torres e 909 unidades com um, dois e três dormitórios que vão de 38,3 m² a 69,69 m².

A Odebrecht Realizações já entregou o Park One Ibirapuera e o Bella Vila Mariana, em 2014, incluindo em seu paisagismo árvores frutíferas. A empresa considerou a experiência tão positiva que fez a mesma proposta em outros lançamentos, o Biografia e o Atrative. O primeiro foi entregue em 2016 e o segundo, em 2016.

Tendência. Depois disso, a iniciativa passou a ser uma tendência em suas obras. E está presente nos empreendimentos Biografia Vila Mariana, Bella Vila Mariana e Homenagem Jaçanã, que já foram colocados para comercialização. O Biografia e o Bella Vila Mariana não têm mais estoque disponível. O primeiro possui apartamentos de dois e três dormitórios, com 68 m² e 97 m², e o segundo 130 unidades com 70 m² e 115 m².

O Homenagem Jaçanã possui unidades com dois e três quartos, que podem variar de 47 m² a 58 m². Do total de 549 apartamentos, ainda estão disponíveis 163. O valor médio do metro quadrado é de R$ 7 mil.

Segundo Ricardo Toscani, diretor de construção da OR, a companhia começou a projetar empreendimentos verdes há cerca de cinco anos.

Valorização. “Nós queríamos um paisagismo que não fosse apenas contemplativo, mas que valorizasse plantas nativas que promovessem integração com a população. O morador tem de caminhar no meio das árvores frutíferas e poder colher frutas, além de aproveitar os temperos plantados em canteiros dentro do condomínio”, diz.

Toscani também alega que é comum, quando se investe nesse tipo de projeto, passarinhos começarem a visitar o lugar. O executivo conta, ainda, que dez empreendimentos da incorporadora que estão em execução seguem essa mesma diretriz, que deve ser mantida nos próximos lançamentos.

Complexo multiuso prevê uso de seu bosque pela população

No Parque da Cidade, outro empreendimento da OR, existem 22 mil metros quadrados de área verde e que serão preenchidos com mais de mil árvores, todas nativas, de 30 espécies diferentes, quando todo empreendimento estiver pronto.

O empreendimento, conforme material da empresa, é “um complexo multiuso inspirado no conceito de cidades compactas, onde tudo fica concentrado num só lugar”. É formado por cinco torres corporativas, uma torre de salas comerciais, shopping, dois edifícios residenciais, quiosques e restaurantes integrados a um parque linear.

Em atendimento à faixa de área de preservação permanente (APP) e compensação ambiental, foram escolhidas, para esse parque, espécies que funcionassem como barreiras acústicas e de vento.

Clima. De acordo com a descrição técnica da construtora, o projeto também leva em consideração o estudo de micro clima que avalia as orientações das correntes de vento e insolação projetado pelas torres e pelas árvores, com o objetivo de eliminar as ilhas de calor.

“O bosque é aberto ao público e terá bicicletário, quiosques, entre outras atrações”, diz o diretor de construção da OR, Ricardo Toscani. O setor residencial, segundo ele, terá árvores frutíferas como limoeiro, jabuticabeira e pitangueira.

A Trisul informa que também vai lançar um empreendimento valorizando o verde. Trata-se do Bella Bonina, cujo projeto incorpora paredes e calçadas verdes em todo o entorno do edifício.

Além das árvores que já existiam no terreno, e que foram preservadas, também serão plantadas espécies frutíferas. São unidades com um e dois dormitórios e plantas de 65 m² e 94 m². O preço médio previsto é de R$ 11.200 o metro quadrado.

A Brookfield Incorporações vai comercializar, em breve, um empreendimento nesta linha em Perdizes, na zona oeste. Em toda a extensão da área do terreno de 6.578,88m² serão plantadas árvores nativas como: palmeira pati, jerivá e araçá amarelo, assim como arbustos como clusia e cabeludinha, além de jatobá, cambuci e copaíba.

Os apartamentos padrão terão entre 116 m² e 142 m². Há, ainda, unidades duplex com metragem de 256 m²a 275 m² e quatro suítes.

Fonte: O Estado de S. Paulo, Márcia Rodrigues, 20/nov

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