Piscina aquecida no condomínio: como fazer

Piscina aquecida no condomínio: como fazer

Apesar de ser um país de clima tropical, o Brasil registra, em algumas regiões – principalmente no Sul e Sudeste – variações consideráveis de temperatura ao longo do ano. E, na época do frio, as pessoas têm a tendência de não frequentar as piscinas, especialmente quando não há nenhum tipo de sistema de aquecimento e a água permanece em temperatura natural.

Isso pode ser um problema, pois os custos mensais de manutenção de uma piscina para o condomínio costumam ser altos, e quando não se está usufruindo dela, muitas pessoas começam a questionar se vale a pena o investimento. O aquecimento das piscinas, que já foi visto antigamente como um item de luxo, tem se mostrado cada vez mais essencial e presente nos condomínios como forma de estimular o uso dessa área de lazer.

Nesse post vamos analisar e discutir os principais sistemas de aquecimento de piscinas utilizados atualmente, para ajudar quem está buscando alternativas a tomar a melhor decisão.

 

A importância de aquecer a piscina da maneira correta

Em termos gerais, a temperatura da água ideal para prática de esportes é 26-27ºC. É um temperatura confortável, mas para fins de lazer, uma temperatura entre 29º-30ºC já é bem melhor, principalmente nos dias mais frios.

Não custa lembrar que a temperatura média do corpo humano é 36ºC, e nós somos extremamente sensíveis à mudanças de temperatura. Assim, poucos graus a mais ou a menos são perceptíveis.

Vale ressaltar que da mesma forma que temperaturas abaixo de 20ºC já começam a ser incômodas, temperaturas muito altas também tornam impossível o uso das piscinas no condomínio.

Por isso, é preciso se planejar corretamente. O objetivo de aquecer a piscina é chegar a uma temperatura mais confortável, e assim estimular o uso e aumentar a frequência nessa parte da área de lazer. Dessa forma, é preciso estudar as opções disponíveis para escolher o sistema que melhor se adeque às necessidades do condomínio.

A escolha errada de um sistema de aquecimento pode ser sinônimo de ainda mais custos com manutenção, não atingindo o objetivo inicial de aumentar o uso da piscina.

3 sistemas de aquecimento de piscinas em condomínios:

Aquecimento Solar

O sistema de aquecimento de piscinas solar, como o próprio nome diz, se utiliza da energia e calor do sol. A água passa por mangueiras em placas que ficam expostas ao sol. Essas placas são feitas de polipropileno, borrachas e ainda com vidros especiais para esse tipo de sistema.

O funcionamento deste sistema é relativamente simples. A água da piscina é bombeada e transportada até os coletores, onde ocorrem as trocas de calor e assim aquecendo a água. As placas normalmente são instaladas nos telhados, lajes, coberturas em geral, e até mesmo no chão, sempre pensando em áreas com maior incidência solar.

Logicamente, a qualidade do sistema está diretamente ligada às condições climáticas: quanto mais o clima está aberto e ensolarado, mais quente ficará a água. Por isso a indicação dos especialistas é, sempre que possível, posicionar os coletores voltados para a face norte.

  • Prós: Ecologicamente correto, pois se utiliza de uma fonte natural e limpa; custo operacional mais baixo.
  • Contras: Instalação mais cara e que depende de mão-de-obra muito especializada; necessidade de grandes áreas para disposição dos coletores solares; sujeito às variação do clima.

 

Bombas de Calor

Esse tipo de sistema é bastante utilizado em todo país quando o assunto é aquecer piscinas em condomínios.

O sistema de aquecimento por bombas de calor, também chamado de trocador de calor, absorve o calor atmosférico e o transfere para a água da piscina. Em termos gerais, o trocador de calor é um “ar condicionado invertido”.

A água é bombeada até a bomba de calor, que intensifica o calor externo por meio de um compressor. Essa energia térmica é então transferida para uma serpentina por onde a água passa e retorna aquecida para a piscina. Esse sistema é projetado para ser instalado ao ar livre, e não necessita de grandes áreas para sua instalação. Contudo é preciso estar atento para o dimensionamento da bomba de calor, para que consiga funcionar adequadamente conforme o volume de água da piscina. Outra dica importante é cobrir a piscina em ambientes abertos, principalmente a noite, com o intuito de preservar o aquecimento.

  • Prós: Sistema de fácil instalação; consumo baixo de energia; mantém a temperatura da piscina estável.
  • Contras: Menos eficiente em dias frios; economicamente inviável para piscinas pequenas.

 

Aquecimento a Gás

Por fim, chegamos no aquecimento a gás – o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). Esse sistema de aquecimento de água é relativamente comum, e é bastante utilizado nas residências para esquentar a água do chuveiro. Esse sistema se utiliza do calor gerado da queima do gás para esquentar a água.

Quem já tomou banho em um chuveiro aquecido à gás sabe que a água demora um pouco para esquentar e chegar na temperatura, e no caso das piscinas não é diferente. O primeiro aquecimento pode demorar 24h. Como nas bombas de calor, a água passa por serpentinas que são aquecidas, nesse caso, pela combustão do GLP. O consumo de gás é equivalente ao de dois chuveiros.

Esse sistema é normalmente utilizado para piscinas menores e, ainda, como sistema de aquecimento auxiliar.

  • Prós: Não está sujeito à variações climáticas; instalação não precisa de grandes áreas; pode ser usado como sistema auxiliar.
  • Contras: Mais agressivo ao meio ambiente; economicamente inviável para volumes muito grandes.

Vale a pena saber

Na hora de escolher um sistema de aquecimento para piscina do condomínio é muito importante ter o acompanhamento de um profissional especializado na área. Dessa forma, será possível dimensionar corretamente o sistema, bem como prever os custos de instalação e manutenção e assim fazer uma escolha mais consciente.

Outro ponto importante a se destacar é que as piscinas são áreas que podem sofrer com infiltrações, perdas de água, e vários outros problemas. Pode ser que no momento de instalar o sistema de aquecimento sejam identificados problemas, e a reforma acabe ficando maior.

Como em qualquer outra reforma no condomínio, é importante que o síndico entenda suas responsabilidades na contratação dos prestadores de serviço e se certifique, através de diversos documentos, de que a empresa pode cumprir com o contratado.

Fonte: FiberSals

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